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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Psicologia do Coronelismo: O Perfil do Coronel Delmiro Gouveia


Enquanto coronel, Delmiro Gouveia atuou com seu coronelismo de uma forma não comum aos coronéis que o sertão teve o azar de receber.

O título de coronel em pleno século 21 é pejorativo porque temos registrado na história, tristes experiências com o coronelismo do tipo: Voto de cabresto, paternalismo agressivo, bandidagem de capangas, morte encomendada, ostentação planejada de autoritarismo , manipulação política de toda ordem, etc. Mas, porque o título de coronel em Delmiro Gouveia não é um título "negativo"? Isso porque ele exerceu seu coronelismo não da forma como conhecemos o coronelismo como a conhecemos, mas de uma forma incomum, por ser pouco estudada, denomidana por mim de coronelismo libidinoso.

Mesmo sabendo que Delmiro Gouveia tornou-se mocinho pelos feitos vanguardistas dos quais ele fez no Sertão e, por ter morrido e não matado (a história registrada não o acusa disto... ufa). Ele se tornou um herói de tal forma que o termo coronel é esquecido, ou não comentado pelas conveniências... Mas o coronelismo libidinoso de Delmiro Gouveia foi algo muito negativo, Ele foi machista enquanto punha em prática a posse de mulheres em prol dos seus desejos sexuais e sob a justificativa do poder que possuía.

Sua história com as mulheres analisada pela Psicologia Moderna demonstra que ele era um desajustado sexual. Mesmo com o argumento de que "naquele tempo era assim mesmo" não há justifica para o fato de ele ser um desequilibrado, (digo fato mesmo), pois, a vida intima dele foi devidamente registrada para termos uma base científica do seu caráter. Assim, seus distúrbios sexuais juntamente com a justificativa do posso-tudo, inerente ao coronelismo fez com que ele pudesse por em prática aquilo que mais intimamente lhe agradava expondo conseqüências históricas: desonrar moças, fragmentar lares, possuí-las segundo suas paixões e, até influenciado em sua morte.

É sempre bom lembrar que o nosso querido coronel Delmiro Gouveia, segundo a história registrada ao seu respeito, era homem, e não super-herói.


  • CAMARA, Phaelante da. A viagem do futuro Presidente. A Província, Recife, 13 mai. 1906. p. 1.
  • CAVALCANTI, Plínio. A Chanaan sertaneja da Pedra (escriptos sobre a obra realisada por Delmiro Gouveia no Nordeste do Brasil). Rio de Janeiro, 1927.
  • CHATEAUBRIAND, Assis. Uma Resposta a Canudos. In: Resposta a Canudos : reportagens e ensaios. Recife: COMUNICARTE; Brasília: Fundação Assis Chateaubriand, 1990. p. 59-71.
  • CHATEAUBRIAND, Assis. O Rei e o Senhor do Chifre Pequeno. O Jornal. Rio de Janeiro, 16 jun. 1963. Primeiro Caderno. p. 3.
  • Cia. Agro Fabril Mercantil. Correio da Pedra, Pedra, 12 ago. 1923. p. 1.
  • Delmiro Gouveia, Correio da Pedra, Pedra, 22 out. 1922. p. 1. (transcrição de matéria publicada no Jornal do Commercio, Recife, 10 out. 1922).
  • Derby. Jornal Pequeno, Recife, 27 jan. 1900. p. 2.
  • Espere um pouco. A Província, Recife, 10 jan. 1900. p. 1.
  • FIGUEROA, Salomão. Uma visita a Pedra e a Cachoeira de Paulo Affonso. Correio da Pedra, Pedra, 23 set. 1925. p. 1 e 2.
  • FREYRE, Gilberto. O Velho Félix e suas Memórias de um Cavalcanti. Rio de Janeiro,José Olympio Ed., 1959.
  • GÓES, Lauro. Recordações de um passado relativamente bem vivido, mas que jamais desejaríamos fazê-lo reviver (1914-1917). Recife, 1962. p. 7. (manuscrito).
  • GOUVEIA, Delmiro. A Província, Recife, 1 jan. 1898. p. 2.
  • GOUVEIA, Delmiro. O Sr. Rosa e Silva. Jornal do Commercio, Publicações a Pedido. Rio de Janeiro, 28 jun. 1899. p. 4
  • GOUVEIA, Delmiro. O Vice-attentado. Jornal do Commercio, Publicações a Pedido. Rio de Janeiro, 7 jul. 1899. p. 4.
  • GOUVEIA, Delmiro. Os dous Rosas. Jornal do Commercio, Publicações a Pedido. Rio de Janeiro, 12 jul. 1899. p. 3.
  • GOUVEIA, Delmiro. Rosa Vice-Presidente e Rosa Sabe Tudo. Jornal do Commercio, Publicações a Pedido. Rio de Janeiro, 21 jul. 1899. p. 4.
  • GOUVEIA, Delmiro. Os Rosas. A prova documental. Jornal do Commercio, Publicações a Pedido. Rio de Janeiro, 1 ago. 1899. p. 5.
  • GOUVEIA, Delmiro. Ao Público. A Província, Recife, 5 jan. 1900. p. 2.
  • LAGE, N. L. (Org.) Os Enigmas da Nossa História. 1ª ed. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1981. v. 12. 3.500 p.
  • LAGE, N. L. Delmiro Gouveia: Seu Crime Foi Plantar a Fartura no Sertão. In: Nilson Lemos Lage. (Org.). Os enigmas de nossa História. 1a. ed. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1981, v. 5°., p. 7-52.
  • LIMA JÚNIOR, Félix. Delmiro Gouveia: o Mauá do Sertão alagoano. Coleção Vidas e Memórias. Maceió, Departamento de Cultura/ Gov. de Alagoas, 1963.
  • MARCOVITCH, Jacques. Pioneiros e empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil. São Paulo: EdUSP, 2005,
  • MARTINS, F. Magalhães. Delmiro Gouveia não Morreu. A Saga do Comerciante e Industrial. Delmiro Gouveia, Museu Delmiro Gouveia/ Fundação Ormeo Junqueira Botelho, 1989.
  • MENEZES, Hildebrando. Delmiro Gouveia: vida e morte. Recife, CEPE, 1991.
  • MENEZES, Olympio. Itinerário de Delmiro Gouveia. Recife, IJNPS/MEC, 1963.
  • No Derby. Jornal Pequeno, Recife, 27 dez. 1899. p. 2.
  • O ASSASSINATO do coronel Delmiro Gouveia. Diario de Pernambuco, Recife, 12out. 1917. (Confirma o boato do atentado contra Delmiro Gouveia e traz breve histórico da sua vida e obra.)
  • Paris no Derby. Jornal Pequeno, Recife, 11 set. 1899. p. 2.
  • Rosa e Silva. O Paiz, Rio de Janeiro, 20 jul. 1899. p. 1.
  • SANTOS, Adolpho. Delmiro Gouveia. Depoimento para um estudo biográfico. Recife, 1947. (mimeo.). 44p.
  • SEGALL, Maurício. O Coronel dos Coronéis. Folha de São Paulo, São Paulo, 2 mar. 1980. Folhetim, p. 5.
  • WRIGHT, Marie Robinson. The New Brazil. It’s Resourses and attractions. Historical, Descriptive and Industrial. Philadelphia, George Barrie & Son, 1901.

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